Hipotireoidismo em cães

O hipotireoidismo é uma endocrinopatia comum em cães causada por insuficiente produção e secreção de hormônios tireoideos.

 

 

A glândula tireóide está presente em todos os vertebrados e tem as funções de produzir, armazenar e liberar para a circulação sanguínea os hormônios tireoideanos, sendo estes relacionados com a atividade metabólica do organismo. Os hormonios tireoideanos são a triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4), onde a triiodotironina é responsável pelas ações da tireóide e a tiroxina um reservatório na circulação sanguínea para conversão em triiodotironina conforme necessidade metabólica. A não produção ou produção reduzida destes hormônios pela tireóide caracteriza o hipotireoidismo, uma afecção da glândula tireóide que acomete os animais domésticos, sendo mais comum na espécie canina.

O Hipotireoidismo pode ser classificado como primário, secundário, terciário, congênito, iatrogênico e por neoplasia, conforme sua origem e local de ocorrência no organismo animal.

A maioria dos cães afetados tem o hipotireoidismo primário que resulta da tireoidite linfocítica (reação autoimune que cria anticorpos que atacam a glândula tiróide), atrofia idiopática da tireóide (perda do tecido glandular) ou de destruição neoplásica (destruição celular).

Os sinais clínicos de hipotireoidismo primário geralmente ocorrem durante idade intermediária (dois a seis anos), e tendem a se manifestar em uma idade precoce em raças mais predispostas do que nas outras raças . Os sinais clínicos dependem, em parte, da idade do canino na ocasião em que uma deficiência no hormônio da tireóide se desenvolve.

 

Letargia, depressão mental, ganho de peso, falta de disposição para o exercício e intolerância ao frio também resultam da taxa metabólica reduzida.

Fraqueza ou letargia ocorre em 20%, obesidade ocorre em 41% e modificações dermatológicas em 60% dos cães hipotireóideos . Os sinais clínicos podem ocorrer devido às alterações dermatológicas, neuromusculares, reprodutivas, cardiovasculares, ou sinais variados.

 

As alterações na pele e na pelagem são as anormalidades mais comumente observadas em caninos com hipotireoidismo. Os sinais cutâneos clássicos incluem alopecia de tronco bilateral simétrica, não-pruriginosa, que tende a se difundir para a cabeça e extremidades. A alopecia pode ser localizada ou generalizada, pode envolver apenas a cauda ("cauda de rato") e geralmente inicia-se nos locais de maior fricção.

 

A seborréia e a piodermite também são alterações comuns no hipotireoidismo podendo ser focais, multifocais ou generalizadas. Todas as formas de seborréia (seca, oleosa, dermatite) são possíveis 6). O manto piloso em caninos com hipotireoidismo é, geralmente, opaco, ressecado e facilmente epilável e a repilação é lenta.

 

Fique atento, pois o excesso de medicamentos como beta-bloqueadores, omeprazol, brometos, fluoxetina e cloretos podem alterar a função tireoidiana.

O diagnóstico do hipotireoidismo em cães é feito com base nos sinais clínicos, resultados da rotina laboratorial, testes da função da glândula tireóide e resposta a reposição dos hormônios da tireóide. 

A suplementação do hormônio tireóideo é indicada para o tratamento do hipotireoidismo confirmado e para tentativa de diagnóstico de hipotireoidismo por meio da resposta clínica à terapia.

 

Para que o hipotireoidismo possa ser corretamente diagnosticado, o médico veterinário deve ter acesso aos testes endócrinos e deve saber correlacioná-los com os sinais clínicos apresentados pelo animal. Quando diagnosticado de maneira correta, pode ser facilmente tratado independente da causa, porém o prognóstico depende do local da afecção, mostrando-se bom para causa primária e reservado para para os hipotireoidismos secundário e terciário.

 

Créditos de imagem: http://medvetinfocus.blogspot.com.br

MAIS VIDA H

 

Além de estimular o anabolismo, o medicamento homeopático Mais Vida H faz a modulação hormonal das glândulas tireóide e supra-renal em animais de meia idade ou idosos.

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