Fisiologia digestiva de cães e gatos

  • —Cães e gatos são animais diferentes de nós fisiologicamente e para se manter saudáveis requerem balanceamento diferenciado dos alimentos consumidos.
  • —Nossos cães e gatos evoluíram para consumir uma dieta predominantemente carnívora.
  • —Possuem sistemas digestórios bem mais simples, curtos e bastante ácidos. Isso porque a acidez ajuda a quebrar proteína e destrói bactérias, abundantes na comida dos carnívoros: carcaças vivas ou em decomposição.
  • —Dentes longos e afiados, apropriados para perfurar a carcaça e rasgar carne.
  • —Uma enorme abertura oral e articulação mandibular que permite somente movimento vertical (de abre-e-fecha), sem capacidade de mastigação lateralizada.
  • —Ausência da enzima amilase na saliva, aquela que dá início à digestão do carboidrato. 
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Qual comedouro escolher para o seu pet?

Entenda sobre as opções de comedouros disponíveis e escolha o melhor para o seu pet!

 

COMEDOURO DE PLÁSTICO

 

O material mais popular e comumente utilizado para comedouros é o plástico. Mas, você sabia que esse tipo de material pode ser perigoso e arriscado para alimentar o seu animal de estimação?  Saiba por que:

 

Durabilidade: Para os filhotes com dentição fina esse tipo de comedouro pode facilmente virar um brinquedo, para roer, para ser destruído e comido. Só é preciso alguns minutos sem a sua supervisão e esses pedaços de plástico podem causar hemorragia interna ou bloqueio intestinal. 

 

Bactérias: Altamente poroso e fácil de ser arranhado, tigelas de plástico são propensas a desenvolver fissuras e fendas que podem abrigar bactérias patogênicas para o seu amigo peludo.

 

BPA ou bisfenol A: É um produto químico que foi recentemente encontrado em produtos para bebês, garrafas de esportes e vários outros produtos plásticos utilizados como embalagem de comestíveis.

BPA é um estrogênio sintético comumente usado para endurecer plásticos de policarbonato e resina epóxi; no entanto, estudos extensivos mostraram que, mesmo em pequenas quantidades a que as pessoas são rotineiramente expostas, pode causar danos graves e, por vezes irreversíveis para a saúde. 

 

Há plásticos alimentares seguros, tais como os identificados pelos seus códigos de reciclagem. Infelizmente, a indústria do animal de estimação é lenta para adicionar esta informação aos seus produtos. Como resultado, muitas vezes não sabemos qual vasilha de plástico é segura.

  

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Exercício é bom pra cachorro!

Não só os humanos se beneficiam do bem que o exercício proporciona para o corpo e a mente.

 

 

Além de gastar energia, o cão precisa de atividades para acostumar-se com diversas situações, assim ele exercita o cérebro e o corpo. O resultado só pode ser positivo: diminui o stress e aumenta o bem estar e a qualidade de vida.

 

Alguns cães precisam de atividade intensa como pastor alemão e pastor belga, labrador, cocker, beagle, dálmata.

 

Outros podem receber atividade física moderada ou baixa, como alguns shitzu, lhasa, yorkshire, bulldog francês e inglês e pug, por exemplo. Procure saber qual é a necessidade ideal de exercícios para o seu cão e se ele possui limitações físicas. 

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Intoxicação em cães e gatos

Os animais podem se intoxicar comendo alguma coisa que acham que vai ser gostoso, mas que na realidade não é.

 

Barras de chocolate, iscas de ratos ou plantas venenosas são exemplos comuns do que eles podem encontrar por aí.

 

Os cães muitas vezes conseguem burlar nosso sistema de segurança para conseguir chegar até o que querem comer. Gatos podem se expor a algo tóxico e acabar se intoxicando ao se lamberem. 

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Epilepsia em cães e gatos

As convulsões podem ser classificadas de acordo com a sua apresentação, como focal ou generalizada.

 

Em cães, convulsões generalizadas (com alterações da consciência e atividade motora bilateral) é o tipo mais comum. Gatos comumente apresentam crises focais, que podem ser eventos motores e psicomotores. Qualquer parte do corpo pode ser envolvida durante uma convulsão focal, dependendo da região do cérebro afetada.

 

A epilepsia é um distúrbio cerebral caracterizado por convulsões recidivantes. A crise epilética apresenta vários componentes. A verdadeira crise se chama “icto”.  Antes da crise, “pré-ictal” e pode ocorrer uma fase de mudança de comportamento chamada “aura”, nesta fase os animais podem esconder-se, parecer nervosos ou procurar seus proprietários. O “icto”, ou a crise verdadeira, dura geralmente 1 a 2 minutos, mas a variação é considerável.

 

Após a crise, fase “pós-ictal”, o animal pode retornar ao normal em segundos a minutos ou mostrar-se inquieto, letárgico, confuso, desorientado ou cego por alguns minutos ou horas.  Importante saber que a “aura” ou a fase “pós-ictal” não apresentam nenhuma relação com a gravidade das crises.

 

As mudanças comportamentais das crises são compostas de um ou mais fenômenos involuntários: perda da memória ou da consciência;  alteração de movimento ou tônus muscular;  modificação na sensibilidade, incluindo alucinações dos sentidos, visual, olfatório ou auditivo; distúrbio do sistema nervoso autônomo como :salivação, micção ou defecação; outras manifestações psíquicas, processos cognitivos anormais ou humores identificados como alterações comportamentais, por exemplo: medo, raiva, perseguição da cauda.

 

A epilepsia pode ser idiopática ou primária, ou seja, não tem qualquer causa patológica demonstrável e pode ser hereditária. As secundárias, podem ser por causa degenerativa, do desenvolvimento, inflamatórias, infecciosas, tóxica, metabólica, nutricional, traumática, neoplásica ou vascular.

 

Outra causa pode ser o aumento na excitabilidade dos neurônio acompanhando de defeitos na inibição ou se originar de condições ou fatores que promovam a excitação neuronal como por exemplo a ativação elevado de receptores de NMDA pelo glutamato.

 

Muitos produtos para alimentação, rações e petiscos para pets contém o glutamato monossódico. Pesquisas recentes mostram que o glutamato monossódico pode ser classificado como uma excito-toxina, ou seja, uma substância que estimula suas células a ponto de danificá-las ou mata-las. Isto é particularmente perigoso se associado ao glutamato,  por ele ser o principal neurotransmissor estimulante do cérebro. A danificação nas suas células cerebrais pode levar a  efeitos colaterais como por exemplo, epilepsia, dificuldades de aprendizado, obesidade e lesões oculares. Entretanto, muitos animais que apresentam quadros iniciais de convulsão e que passam a receber dietas naturais nunca mais convulsionam.

O primeiro problema a ser superado no tratamento da epilepsia é o fato de que estamos lidando com uma condição que, na maioria dos casos, tem sintomas muito violentos. A salivação, espasmos musculares, uivos, muitas vezes involuntários que podem ocorrer, juntamente com a falta de coordenação do período de recuperação que produzem um estado compreensível de repulsa em muitos proprietários, e um sentimento de impotência, especialmente quando eles testemunham uma crise pela primeira vez.

 

Muitos casos que se apresentam para o tratamento homeopático já estão recebendo anticonvulsivantes convencionais, como fenobarbital e outros. Estes podem não  controlar adequadamente a situação e / ou pode haver preocupações sobre os efeitos colaterais da sua utilização, como danos ao fígado, a longo prazo, o que faz com que muitos proprietários busquem formas naturais de tratamento como a homeopatia, acupuntura ou fitoterapia. 

 

No entanto homeopatia desde o início dá a melhor chance de controle e cura.

 

O tratamento homeopático pode atuar de duas formas. Uma delas é a abordagem constitucional do paciente, visando a obtenção de uma cura completa, pois isso oferece a melhor chance de sucesso, e algumas  vezes, um remédio "agudo" é utilizado como complemento. O outro envolve  o uso de ambos os medicamentos homeopáticos e convencionais. O objetivo aqui é o de usar a homeopatia para reduzir a dependência de medicação pesada, aumentando deste modo as margens de segurança e melhorando a qualidade de vida para o paciente.

 

Dra. Joaquina Pinto Molina CRMV 4294

 

Bibliografia:

 

Michael D. Lorenz, Joe N. Kornegay: Neurologia Veterinária-4ªed/2006; pg 223-243 Ed. Manole Ltda